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Consumo de peixes marinhos n-3 PUFA foi associado a um menor risco de câncer de mama

Para investigar a associação entre a ingestão de peixes e ácidos graxos poli-insaturados (n-3 PUFA) e o risco de câncer de mama e avaliar a relação dose-resposta em potencial foi realizada uma meta-análise e revisão sistemática de estudos prospectivos utilizando dados do PubMed e Embase, até dezembro de 2012, e referências de artigos relevantes recuperados.

A revisão foi publicada pelo British Medical Journal (BMJ). Os critérios de elegibilidade para a seleção de estudos foram: estudos prospectivos de coorte, com risco relativo e intervalo de confiança de 95% para o câncer de mama, de acordo com o consumo de peixe, a ingestão de n-3 PUFA ou biomarcadores teciduais.

Vinte e seis publicações, incluindo 20.905 casos de câncer de mama e 883.585 participantes de 21 estudos independentes prospectivos foram elegíveis. Onze artigos (13.323 eventos de câncer de mama e 687.770 participantes) investigaram a ingestão de peixe, 17 artigos investigaram a ingestão de peixes marinhos ricos em cadeias longas de ácidos graxos altamente poli-insaturados (n-3 PUFA) (16.178 eventos de câncer de mama e 527.392 participantes) e 12 artigos investigaram o consumo de ácido alfa linolênico (14.284 eventos de câncer de mama e 405.592 participantes). O consumo de peixes marinhos n-3 PUFA foi associado a uma redução de 14% no risco de câncer de mama e o risco relativo permaneceu semelhante se o consumo de n-3 PUFA era medido como a ingestão dietética ou como biomarcadores de tecido. As análises dose-resposta indicaram que o risco de câncer da mama foi reduzido em 5% pelo aumento da ingestão de peixes marinhos n-3 PUFA de por 0,1g/dia ou 0,1% de caloria/dia. Nenhuma associação significativa foi observada para a ingestão de peixe ou exposição ao ácido alfa linolênico.

Concluiu-se que o maior consumo de peixes marinhos n-3 PUFA está associado a um menor risco de câncer de mama. As associações de ingestão de peixes e de ácido alfa linolênico com risco avaliado demanda uma investigação mais aprofundada de estudos prospectivos. Essas descobertas podem ter implicações para a saúde pública no que diz respeito à prevenção do câncer de mama por meio de intervenções dietéticas e de estilo de vida.

Fonte: BMJ

2018-04-14T05:23:20+00:00

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