Pequenas caminhadas após as refeições podem ser mais eficazes do que uma caminhada mais longa para o controle da hiperglicemia pós-prandial em idosos com risco aumentado para intolerância à glicose, de acordo com um estudo publicado pelo Diabetes Care.
O objetivo do estudo foi comparar, em adultos inativos (idade média de 69 anos) com níveis de glicemia de jejum entre 105 e 125 mg/dL e risco aumentado de intolerância à glicose, qual o efeito de três programas distintos de exercícios físicos sobre o controle glicêmico em 24 horas. Os participantes completaram três protocolos de exercícios ordenados aleatoriamente e espaçados em quatro semanas, da seguinte forma: caminhar por 15 minutos, três vezes ao dia, depois de cada refeição; por 45 minutos às 10h30min da manhã ou durante 45 minutos às 16h30min. Todas as caminhadas foram realizadas em esteira com uma intensidade absoluta de 3 METs (= Termo Equivalente Metabólico). Cada protocolo era composto de uma estadia de 48 horas em um quarto, com o primeiro dia servindo como controle. No segundo dia, os participantes realizavam aleatoriamente o programa de exercício físico. Concentrações de glicose foram determinadas por mais de 48 horas com um monitor contínuo de glicose.
A caminhada matinal de 45 minutos e as mais curtas, três vezes por dia, melhoraram igualmente e significativamente o controle glicêmico ao longo do dia em relação ao dia de controle. Mas as caminhadas mais curtas eram mais eficazes do que as caminhadas mais longas na redução dos níveis de glicose pós-prandial durante três horas.
Os autores chamaram os efeitos das caminhadas curtas de “substancial”, observando que os idosos podem se sentir mais confortáveis com tal regime de atividades físicas.
Fonte: Diabetes Care – American Diabetes Association